quinta-feira, 25 de abril de 2013
Praga
Morreu
sem saber bem como, morreu.
Pelo menos diz acreditar que morreu.
Morto
talvez não.
Talvez traído por uma nostalgia macabra
que seduziu a pobre criatura
a aceitar boleia desta emoção
em tão sujas horas da madrugada
Talvez somente
suicida.
Suicida ao embarcar numa viagem
sem garantia ou promessa vã
da sua carne regressar fresca e imaculada
e pelo tempo, intocada.
Suicida por em plena consciência
aceitar boleia de uma emoção criminosa
e visitar tempos friamente deixados como
presa fácil ao esquecimento.
Nem morto nem suicida.
A nostalgia escorrega da mente para o coração com o dilatar das horas.
Meio morto meio vivo.
Hipnose contínua que não conforta.
Praga imortal do sofredor.
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