Admiro o meu professor de português,
Admiro a sua relação íntima e assumida com a palavra,
Admiro como relata esta relação a gente que da palavra foi castrada.
Nunca parti à procura de conselhos, porém
desta criatura nada mais desejo
senão uma amostra de um dos seus mais alheios.
Admiro-o não como se faria com um herói, pois
nada disso ele é, nem tanto meu amigo,
ele apresentou-me a palavra,
e é por isso que o admiro.
