Por vezes, liberta-se nas minhas entranhas a ideia de colapsar sobre o peso dos meus pensamentos;
Por vezes, a capacidade de perdoar da réplica humana assusta-me;
Por vezes, deparo comigo a entupir as veias do tempo, a discutir com os senhores do universo, e a exigir o porquê deste naco de carne sentir uma tão jovial alegria, e uma tão inigualável satisfação em saber que por agora, é sangue que lhe corre nas veias. E dou graças a um imenso vazio por isso.
Por vezes, pergunto-me se sempre acharei conforto em noites em que o silêncio engole o frio vivo, deixando apenas a geada nas janelas dos carros como aviso da violência que se seguirá ao fugir do calor do sol.
Por vezes acho que vejo demasiada televisão.